sábado, 2 de julho de 2011


Somos inocentes em pensar, que sentimentos são coisas passíveis de serem controladas. Eles simplesmente vêm e vão, não batem na porta, não pedem licença. Invadem, machucam, alegram... Caio Fernando Abreu

"Não sou pra todos. Gosto muito do meu mundinho. Ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores misturadas. Às vezes tem um céu azul, outras tempestade. Lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos. Mas não cabe muita gente. Todas as pessoas que estão dentro dele não estão por acaso. São necessárias." Caio Fernando Abreu

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011


"Um som quase inaudível, como só pode ser o de umas lágrimas que vão deslizando
lentamente até às comissuras da boca e aí se somem para recomeçarem o ciclo eterno das inexplicáveis dores e alegrias humanas."


[Saramago]

(...) "Sim, é verdade, eu tenho medo das gentes, pra dizer a verdade eu me cago de medo das gentes!
O que eu tenho visto de pulhas, de máscaras atadas dia e noite sobre umas caras de pedra...
O que eu tenho visto de mesquinharia, de crueldade, de torpeza, de estupidez..."
(Hilda Hilst)

Deus, eu faço parte do teu gado: esse que confinas em sonho e paixão, e às vezes em terrível liberdade. Sou, como todos, marcada neste flanco pelo susto da beleza, pelo terror da perda e pela funda chaga dessa arte em que pretendo segurar o mundo.
No fundo, Deus, eu faço parte da manada que corre para o impossível, vasto povo desencontrado a quem tanges, ignoras ou contornas com teu olhar absorto.
Deus, eu faço parte do teu gado estranhamente humano, marcado para correr amar morrer querendo colo, explicação, perdão e permanência.